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Presbiacusia: surdez do idoso

  • Dia 5 de março de 2018

Assim como a pele, os olhos e outros órgãos do corpo, o ouvido também envelhece.

Segundo a Academia Brasileira de Otologia, presbiacusia “é o envelhecimento natural do ouvido humano, resultante da somatória de alterações degenerativas de todo o aparelho auditivo.” Quando isto ocorre, as células ciliadas que estão localizadas no interior do ouvido vão perdendo suas principais funções.

Existem alguns agentes agravantes da presbiacusia, como exposição a ruídos ao longo da vida, diabetes, uso de medicação tóxica para os ouvidos e herança genética.  Cerca de 60% de todas as pessoas com idade acima de 65 anos é afetada pela presbiacusia, segundo a Revista Brasileira de Otorrinolaringologia (2007).

Os sintomas mais comuns são: diminuição da audição, diminuição da compreensão da fala (“escuto mas não entendo o que é dito”) e em alguns casos a presença de zumbido (relatado muitas vezes como “chiado”, “apito”, “grilo”, etc).

Tais sintomas comprometem a comunicação verbal e o bem estar do indivíduo podendo acarretar problemas psicossociais como isolamento, incapacidade auditiva para atividades diárias, como freqüentar igrejas, assistir televisão e rádio; intolerância a sons de moderada à alta intensidade (“se fala baixo eu não entendo mas se fala muito alto me incomoda”) e também problemas de alerta e defesa como incapacidade para ouvir pessoas e veículos aproximando-se, panelas fervendo, telefone, alarmes, campainhas, etc.

Não é de se estranhar portanto, que a presbiacusia seja um dos mais importantes  fatores de desagregação social do idoso, uma vez que com a diminuição da sensibilidade auditiva ocorre também a redução na inteligibilidade da fala, produzindo um efeito devastador no processo de comunicação verbal, afetando inclusive o convívio familiar.

Comunicar-se é uma necessidade vital do ser humano e com o aumento da perspectiva de vida é necessário que esses idosos tenham a possibilidade de dividir suas experiências já vividas, transmitir seus pensamentos e idéias, viver suas relações sociais com plenitude. Portanto, é necessário que os familiares sejam compreensivos e pacientes e principalmente busquem auxílio profissional.

O otorrinolaringologista e o fonoaudiólogo são os profissionais capacitados para diagnosticar e definir juntamente com o idoso e família a melhor conduta a ser seguida.

 

Fonodióloga Bianca Chibisnki