É comum as pessoas sacrificarem as horas de sono em detrimento de outras demandas e, consequentemente, as noites mal dormidas podem trazer sérios danos. Em média, uma pessoa precisa em torno de sete a oito horas de sono por noite para conseguir manter a saúde em equilíbrio.
Diante do corre-corre diário, muitas pessoas adiam para o fim de semana a recuperação do sono perdido. Embora muitos indicadores de saúde e bem-estar apresentam melhora após o “sono de fim-de-semana”, pesquisadores concluem que o sono extra não resolve todas as carências causadas pelo tempo perdido durante os outros dias, e os estudos comprovam que até mesmo poucos dias de falta de sono podem ter efeitos adversos prolongados, com piora no desempenho em geral e aumento da sonolência diurna.
“Duas noites de sono prolongado podem não ser suficientes para superar o déficit de atenção resultante da restrição moderada de sono, o que pode causar consequências importantes para indivíduos com profissões onde a segurança é fundamental, tal como em profissionais de saúde, funcionários do sistema de transporte (motoristas, pilotos), etc.”, explica o Dr. Paulo Marsiglio, da Clínica CEOL Otorrino.
Um dia a dia desgastante e o descaso quanto ao preparo para dormir são fatores desencadeantes de noites inapropriadas de sono. O horário de trabalho e estudo desregrados também reduzem o tempo total de sono ideal. Além disso, outras causas podem contribuir para a má qualidade do sono, inclusive uma vida social agitada, excesso de bebidas cafeinadas e o contato exagerado com aparelhos eletrônicos, tais como computadores, TVs e telefones celulares.
Na tentativa de resolver as dificuldades como o sono, algumas pessoas fazem uso de remédios para dormir por conta-própria. Em tais casos, o Dr. Paulo Marsiglio faz um alerta. “A automedicação é uma atitude que deve ser evitada em todas as ocasiões e somente o médico é capaz de prescrever o fármaco adequado, com a dosagem ideal para cada situação, além de avaliar se o paciente tem algum problema de saúde que possa ser agravado por efeitos colaterais, ou se algum outro medicamento já em uso pode interagir negativamente com a nova prescrição”.
Em relação aos distúrbios do sono, a automedicação é realizada de forma indiscriminada e pode (ou não) surtir efeito apenas no início, porém após certo tempo o organismo fica tolerante ao fármaco, deixando de agir com a mesma intensidade, ou seja, o organismo se habitua ao efeito desses remédios e a pessoa permanece insatisfeita com a qualidade do sono.
Além dos problemas em longo prazo, quem toma medicação para dormir pode sofrer efeitos prejudiciais logo nos primeiros dias, como:
- Sedação durante o dia;
- Reflexos mais lentos;
- Falta de energia e
- Atividade mental prejudicada.
Em idosos o perigo é ainda maior, pois os efeitos adversos podem ocasionar grave risco de quedas e fraturas ósseas.
Diante tantos fatores desfavoráveis, caso haja dificuldade para dormir, adotar hábitos que contribuam para uma boa noite de sono podem ser suficientemente efetivos, sem a necessidade de medicamentos controlados.
Caso as queixas persistirem, marque uma consulta especializada para um diagnóstico e tratamento adequado.
Cuide do seu sono. Na CEOL Otorrino é possível encontrar os melhores especialistas em distúrbios do sono.