A blefaroplastia (cirurgia das pálpebras) consiste na correção do excesso de pele e tecido gorduroso das pálpebras, que proporciona um aspecto de cansaço. Faz parte do rol de procedimentos do otorrinolaringologista que atua em cirurgia plástica de face. É um procedimento minucioso, sem dor no pós-operatório, mas causa equimose (“hematoma”, olho roxo), que regride em poucas semanas, e requer proteção da área contra raios solares, bastando evitar exposição ao sol e uso de óculos escuros.
As pálpebras são formadas por camadas de pele, músculo e gordura. Com o envelhecimento e fatores, como a ação da gravidade, o fumo e radiação solar, a pele perde elasticidade e, consequentemente, fazem as pálpebras ficarem flácidas e, em razão dos depósitos de gordura, ficarem com um aspecto pesado.
A técnica cirúrgica envolve a remoção ou redistribuição de gordura, assim como a retirada do excesso de pele e de músculo. O procedimento cirúrgico é de rápida duração e utiliza aplicação de anestesia. Antes de iniciar, fazem-se linhas para indicar as incisões e conduzir o contorno natural das pálpebras. Após a cirurgia, o médico pode aplicar pomada e bandagens esterilizadas para melhor cicatrização.
As indicações podem ser estéticas ou funcionais. Determinada queda das pálpebras sobre a córnea pode interferir no campo visual, aumentar a fadiga ocular e ocasionar dor de cabeça. Destaca-se que a blefaroplastia não corrige rugas laterais, pés de galinha e nem rejuvenescimento facial.
Geralmente recebe-se alta no mesmo dia e há o aparecimento de equimose- manchas roxas, mas que não indicam complicações. Entre as orientações médicas pós-cirurgia, estão: evitar exposição ao sol, fazer compressas com soro gelado para diminuir o inchaço, repousar por alguns dias e dormir com travesseiros mais altos para evitar um inchaço maior. Recomenda-se ainda drenagens linfáticas para rápida regressão do inchaço e remodelação das cicatrizes.